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sábado, janeiro 10, 2015

Análise: The Legend of Zelda The Minish Cap



Uma grande pequena aventura
No início deste ano voltamos novamente a Hyrule com um jogo já lançado há alguns anos, The Legend of Zelda: The Minish Cap. Um jogo lançado originalmente para o GameBoy Advance em Novembro de 2004 e, mais recentemente, na consola virtual da Wii U. Sendo uma parte da série The Legend of Zelda, obviamente que foi publicado pela Nintendo, embora tenha sido produzido pela Capcom, tal como outros jogos portáteis da mesma série desse tempo. Sem mais demoras vamos começar a análise, como sempre, pela história.


Herói dos Minish
A nossa história começa com a jovem Zelda a levar o nosso herói Link a uma volta pela cidade, enquanto esta celebra o 100º aniversário da vinda dos Picori, ou Minish, a Hyrule, que trouxe consigo a Light Force e uma espada a um humano que as usou para selar num cofre as forças malignas que tentavam destruir Hyrule. No meio das celebrações, o vencedor do torneio de espadas, Vaati, quebra a lendária Espada Picori e com isso quebra o selo do cofre à procura da Light Force. Quando este não a descobre no cofre, este transforma a Princesa em pedra e desaparece para continuar a sua busca pelo poder da Light Force. Link decide então embarcar numa aventura para recuperar a espada de forma a trazer de volta Zelda ao normal e selar os monstros soltos no reino.
A história não é nada de pouco convencional, é bastante segura em termos da série. O grande foco desta é, no entanto, evidente quando comparada à de outros jogos 2D da série. Não sendo muito longa e com charme, para além das muitas personagens que encontramos pelo caminho, é agradável e acompanha-se bastante bem.


Os heróis não se medem aos palmos
O gameplay do jogo, como seria de esperar, também é bastante convencional: explorar o reino, conquistar dungeons e resolver puzzles. Tudo o que faz um Zelda está neste jogo, apenas mais compactado. Sim, o reino não é muito grande, logo a exploração é um pouco mais limitada, especialmente porque o jogo dá um grande foco à história, tal como muitos jogos 3D da série. No entanto, isso não significa que não haja eventos para explorar, nope, especialmente graças a uma mecânica das Kinstones, pedaços de medalhões que podem ser encontrados por todo lado, onde podem ser juntados a outros equivalentes que os NPC's trazem consigo, ativando eventos e revelando segredos. Quando falamos no número de dungeons, este não é muito grande, mas são bastante agradáveis e diversas entre si, não havendo nenhuma frustrante ou simplesmente aborrecida.
Os inimigos do jogo são normais, nada de grandes surpresas, mas alguns dos bosses são bastante diferentes e únicos, especialmente os que requerem o uso de itens menos convencionais.  
As habilidades e itens de Link são o convencional nos jogos 2D, com uma exceção especial para manobra de desvio que vem dos jogos 3D da série. Mas, em termos de habilidades, o jogo até tem algumas combinações com itens bastante interessantes. Quanto a itens, temos a espada e o escudo como é normal, tal como clássicos como o boomerang, arco e flecha, etc. Mas também temos outros itens um pouco menos convencionais como um jarro que suga tudo à sua frente, ou uma varinha que vira todo o tipo de objectos ao contrário, etc. Este tipo de itens é uma das coisas que fazem o jogo diferenciar-se dos outros, pois para além de algumas pequenas coisas, este joga bastante pelo seguro. 
Mas o que faz este jogo mais diferente dos outros é o principal gimmick do jogo, o facto de nos podermos tornar num tamanho minúsculo, do mesmo tamanho de um Picori, para resolver problemas ou até atravessar terrenos antes não possíveis. Mesmo que muitas vezes estas áreas seja curtas, dá um carisma diferente ao jogo e um outro nível de pensamento.


Um charme natural
Tal como qualquer outro Zelda, a apresentação é muito boa. Considerando que estamos a falar do GBA, a música está carismática como sempre, onde apenas uma ou outra música soam desinteressantes. 
O aspecto baseado no estilo do Wind Waker assenta muito bem aos 32 bits da consola. As animações estão muito boas e as cores fazem saltar todo o ambiente do ecrã. O reino pode parecer um pouco compactado, fazendo algumas transições de ambientes um pouco abruptas mas isto é de esperar num consola como esta.


Uma lenda não escolhe tamanhos
Verdade que penso ser engraçado toda a mecânica do jogo, em termos da diminuição de tamanho, parece um ênfase ao que o jogo é. Uma pequena aventura da série numa portátil que é bastante agradável, mas não quebra barreiras em muitos lugares, sendo bastante convencional. Uma história simples, um bom gameplay, uma apresentação charmosa e com uma duração aceitável fazem deste outro jogo da série de boa qualidade, e uma boa compra a um preço razoável nesta altura.

2 comentários :

  1. Boas. Gostei muito do artigo contudo há uma pequena lacuna que penso que deveriam ter exposto na análise, a mecânica de multiplicação do Link. Apesar de não ser a melhor mecânica do mundo, foi algo que foi "aproveitado" do jogo Four Swords (saiu com o remake do ALTTP para o GBA) e que foi bastante crucial para o desenvolvimento do jogo (especialmente em algumas lutas com bosses e resolução de puzzles).

    Com fã de Zelda, volto a reforçar que gostei da análise e continuem o bom trabalho ;)

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    Respostas
    1. Em primeiro lugar obrigado pelo "input". Segundo, sim é verdade foi um pouco lapso meu, quando acabei a análise apercebi-me que faltava esse ponto, mas já era tarde para alterar, então decidi que ficava mais ou menos implícito nos puzzles :P
      Por último peço desculpa por só ter respondido tão tarde, mas não é habitual termos comentários, então é muito raro verificá-los XD

      Mais uma vez obrigado pelo apoio.

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