Google+

quarta-feira, julho 02, 2014

Análise: Metal Gear Rising Revengeance

Analisado por: Redhellc


O levantar da vingança
Lançado em Fevereiro de 2013 para as consolas (Janeiro de 2014 para o PC) como um spin-off da saga Metal Gear Solid, Metal Gear Rising segue a história de uns personagens da mesma, o ciborgue Raiden. Ao contrário da série principal, Rising não assenta num estilo de estratégia e stealth, mas sim mais no estilo de ação hack and slash
Publicado pela Konami, este jogo teve um desenvolvimento atribulado, com a equipa original do jogo a não conseguir realizar o projeto no seu potencial, recorrendo a uma parceria com a Platinum Games, dando origem ao jogo que aqui está a ser analisado. Com o título Revengeance escolhido como forma de vingar o jogo original que nunca foi acabado.


A história de um sobrevivente
A história começa com um dia normal na vida de Raiden, num mundo que tenta recuperar de um ambiente de guerra, em que este trabalha para uma empresa de segurança privada, Maverick. Esta tende a manter um ambiente seguro e calmo nas regiões onde opera, mas tudo cai por terra quando na viagem com o presidente que os contratou para aquela zona são atacados, culminando o ato com a morte do presidente. Como tal, Raiden, por não conseguir salvar o presidente e deixar os dois ciborgues principais responsáveis pelo ataque fugir, este faz da sua missão capturar os responsáveis e acabar com quaisquer esquemas que estejam a desenrolar.
A história segue um ritmo bastante bom e contém muitas surpresas pelo caminho, sendo sem dúvida um ponto forte. A forte narrativa do franchise combina bem com as cenas de ação do estilo da Platinum Games, mesmo que às vezes sejam um pouco absurdas. Cheio de personagens interessantes e com personalidade, a narrativa é bastante empolgante e com temas que deixam que pensar. Devo dizer que também é bom ver os EUA de certa forma como vilões por uma vez, o mercado dos videojogos está saturado de jogos que fazem os EUA os heróis perfeitos à face da terra. O único problema é a sua duração, é muito curta, com a história do jogo a durar por volta de 5 a 6 horas, que fica aquém de jogos do mesmo estilo.


Espada na mão e Rip it Up
O gameplay é capaz de ser familiar se já jogaram algum jogo da Platinum Games, mas só até certo ponto. Este jogo trás mais que a lista de combos normais do light attack e strong attack. Este assenta primeiro num foco no parry, uma forma de bloquear o ataque nos inimigos, sendo esta uma da únicas formas de evitar ataques e é essencial no jogo. A outra é quando estamos no modo Ninja Run, um forma que Raiden pode ativar rapidamente de forma a se mover mais depressa. Quando neste modo, Raiden deflete projéteis pequenos como balas que vêm na sua direção. O modo Ninja Run também é essencial para atravessar certos obstáculos e faz o platforming dos ambientes mais rápidos, o que ajuda a manter o ritmo do jogo. Se o jogo só oferecesse isto, já era bastante bom, com um estilo de gameplay com um bom ritmo e que requer prática. No entanto, este ainda oferece outra coisa, uma forma de usar a arma para literalmente dilacerar o que estiver a frente de Raiden em milhentos pedaços. Isto é muito divertido de usar e é utilizado bastante inteligentemente durante o jogo, o que faz algumas cenas de ação muito boas. Para além disto, existem várias sub-weapons para usar e ainda uma seleção de armas opcionais que trazem uma diversidade aceitável ao gameplay.
Com o foco do gameplay na ação, é de pensar que o jogo está só feito com este pensamento, e sim, na maior parte do jogo andarão a desfazer robôs e ciborgues pelo caminho. Haverá também alturas onde o jogo segue as suas origens e oferece uma opção de passar pelos inimigos silenciosamente, sem grande espalhafato. Infelizmente, estas seções estão um pouco crudes e muitas vezes não são muito competentes, com opções limitadas e com uma IA um pouco estúpida.
Por outro lado, a seleção de Bosses e inimigos é bastante boa, com uma variedade decente nos inimigos e uns dos melhores bosses que vi ultimamente. Quando um jogo começa com uma luta com um robô gigante, é de esperar que só venham coisas boas, e o jogo não desaponta.
Tenho pena que o jogo não ofereça uma forma de esquivar,mas a mecânica do jogo está volta do sistema de Parry, o que até se percebe, pois tenta dar o foco a uma forma mais ofensiva de jogo, tornando mais intuitivo o uso da espada. O problema é que a forma escolhida para usar o parry é um pouco "nhecas", e uma ou outra vez tem dificuldade a responder. Não afeta muito o gameplay, mas por vezes consegue ser um pouco frustrante.


Flash e Slash
O visual do jogo é bastante bom, com o flare necessário para um jogo destes. Os designs dos personagens, inimigos, bosses, etc, são muito bons, apenas os cenários são um pouco vazios mas compensam com uma boa variedade deles.
O estilo assenta muito bem, futurista cheio de flashes e néons. Faz lembrar Vanquish nalguns momentos, mas isso é uma coisa boa. Os segmentos de ação são impressionantes como sempre, uma coisa onde a Platinum Games nunca desaponta. Um ou outro é um pouco habitual, mas algumas são mesmo fixes e os efeitos visuais usados só as fazem mais espetaculares.
A música é outra coisa que ajuda ao ambiente, a escolha de um rock eletrónico é muito boa. Algumas lutas não teriam tanto espectáculo sem a música, é seriamente brutal.


A vingança é servida com uma espada
Para concluir, quando comecei este jogo tinha grandes espetativas e elas sem dúvida foram correspondidas. Mesmo não sendo o pináculo do que estúdio já fez, é um muito bom feito. Uma ótima história, um gameplay divertido, visualmente apelativo e com um ambiente energético, poucas são a falhas neste jogo que o deixam um pouco para trás de outros jogos do estilo. Por estas razões, considero-o uma ótima opção para quem gosta de jogos do estilo ou até como um jogo em geral. Mesmo que nunca tenham jogado um Metal Gear Solid, nem mesmo a história é um problema nesse sentido.
Gostaria também de mostrar o meu respeito à Konami por colocar os DLC’s do jogo de borla, visto que são duas campanhas separadas com personagens diferentes que provavelmente custou a fazer. Então, para acabar, Metal Gear Rising: Revengeance é uma ótima aposta como jogo, se tiverem hipótese experimentem-no.

0 comments :