Google+

quarta-feira, junho 19, 2013

Análise: Halo 4

Analisado por Msights



Introdução ao mundo Halo
     Ao contrário dos seus predecessores Halo 4 foi criado pelo estúdio 343 Industries, em vez do estúdio original Bungie. Isto levou muitas pessoas a questionar-se se o jogo manteria o mesmo nível de qualidade que os anteriores, e de que maneira é que a história iria evoluir, visto que no final de Halo 3 vemos o personagem principal da saga, Master Chief, numa nave que se encontra à deriva no espaço e a entrar numa cápsula onde iria ser congelado até voltar a ser preciso, ou até encontrarem uma nave aliada. Quem ficou responsável por tomar conta da nave e de acordar o Master Chief em caso de emergência foi a Inteligência Artificial Cortana, uma companheira do personagem principal desde o início da saga, que por mais que uma vez se mostrou essencial na luta contra os inimigos da humanidade.

halo-4-cortana-256389

Acordar!
     Halo 4 começa 4 anos depois do final de Halo 3, o que apenas parece próprio. Começamos o jogo quando a Cortana nos acorda e diz que a nave está a ser atacada. De imediato vemos que a nossa nave não está nas melhores condições e que mesmo a Cortana parece já ter visto dias melhores.
     Ao tentarmos perceber o que está a acontecer somos confrontados pelos Covenant, uma liga de raças que declarou guerra à humanidade alguns anos antes do primeiro jogo da série. Estas raças adoravam religiosamente a tecnologia deixada para trás por uma civilização antiga (mas muito avançada) chamada Forerunner, o facto de a humanidade ser a única espécie a conseguir utilizar estes artefactos levou os Covenant a declarar-nos hereges, e consequentemente guerra. O início do jogo está cheio de acção que nos obriga a estar constantemente atentos e alerta, especialmente se jogarmos em legendary, prometendo um jogo muito emocionante que nos consegue deixar agarrados ao ecrã da televisão no esforço de sobreviver enquanto conta uma história de proporções épicas que em nada fica atrás aos jogos anteriores da saga.
     Depois de expulsarmos os Covenant da nossa nave surge um poço de gravidade à nossa frente que não só nos puxa, mas também todas as naves Covenant à nossa volta. Agora do outro lado desse poço de gravidade vemos que estamos num planeta, no entanto este mundo tem algo de especial, é um planeta Forerunner. Ao contrário dos outros planetas dos Forerunner que encontrámos no passado a tecnologia construída por esta raça antiga ainda se encontra activa, o que nos leva a perguntar, será que ainda há Forerunners? Como é que eles são? Será que são amigáveis?
     Depois de explorarmos um bocado deste mundo, e combatermos alguns dos Covenant que também foram sugados para o planeta, acabamos por nos aperceber que parte da tecnologia Forerunner não é muito amigável, e para além dos Covenant começamos também a combater as máquinas de guerra da raça antiga, os Promethean, sendo os mais perigosos de todos os Promethean Knights. Estes novos inimigos são dos inimigos mais formidáveis que o Master Chief já enfrentou e prometem muitas horas de diversão/frustração ao longo do jogo.


E a jogabilidade?!
     Neste jogo somos introduzidos ao mesmo estilo de jogabilidade de first-person-shooter ao qual nos viemos a habituar de jogos anteriores da saga, só com algumas pequenas modificações, como por exemplo, correr. Esta nova funcionalidade leva a que o jogo tenha um passo ligeiramente mais rápido à medida que corremos por uma planície rochosa ou pelo meio de uma selva, com inimigos em cada canto e balas a voarem por todo o lado. São também incorporados muitos dos elementos de jogabilidade de Halo: Reach, como habilidades especiais, mesmo algumas ao estilo Forerunner, como por exemplo o hardlight shield, e a autosentry. Estas habilidades mudam a jogabilidade de uma forma agradável que se mistura com aquilo que conhecemos de halo ao mesmo tempo que traz algo de novo, e algo ao que estar atento.
     No modo campanha podemos jogar sozinhos ou em co-op com mais um amigo na mesma consola, ou caso estejamos a jogar em modo online podemos jogar com um máximo de mais três pessoas, onde todas acabam por incorporar o personagem principal. É também possível activar ou desactivar skulls no menu da campanha que modificam o jogo para o tornar mais desafiador ou divertido. A minha preferida é sem dúvida a happy birthday que faz com que de cada vez que fazemos um headshot a um Grunt (uma das raças dos Covenant) ouvimos um som de festa e sai confetti da cabeça deste.
     Existe também uma segunda campanha chamada Spartan Ops que apenas pode ser jogada online através do Xbox Live. Esta campanha também pode ser jogada a solo ou com mais uma, duas ou três pessoas.
     Fora as campanhas temos também War Games, multiplayer clássico com avatar, onde podemos customizar o nosso spartan e evolui-lo por ranks de modo a desbloquear uma série de upgrades.
     Neste jogo as armas foram todas renovadas a nível gráfico e foram introduzidas bastantes armas novas, não só humanas, mas também as armas promethean que podemos usar.
     Fora armas temos também uma grande variedade de veículos que podemos usar, sendo que neste jogo podemos pela primeira vez pilotar um pelican (nave pequena de transporte de armas, veículos e soldados com capacidades algures entre um avião de combate e um helicóptero). Também aparecem pela primeira vez o mammoth e o mantis, veículos poderosos que prometem destruir tudo à sua frente.


Um ambiente épico
     Os gráficos deste jogo são muito bons, quer estejamos a falar de pormenores numa arma ou armadura, quer estejamos a falar dos mapas em si que possuem sempre aquele sentimento épico típico desta saga.
     A banda sonora é que foi bastante alterada desde o jogo Halo 3 sendo que a nova banda sonora não é de todo má, porém quando comparada com a anterior fica um bocado atrás. Apesar de esta ser uma nova trilogia e um novo estúdio a fazer o jogo é esperado que as músicas deste jogo mantenham um padrão espectacular para ajudar a dar aquela sensação épica de um jogo Halo, o que esta faz, mas não ao nível desejado.


Conclusão
     As únicas críticas que tenho a fazer ao jogo é mesmo que em certas partes parece facilitar o nível, mesmo em legendary. Em jogos anteriores renasceríamos com uma pistola, ou talvez com a assault rifle, neste jogo há casos em que renascemos com armas de alto calibre como uma sniper. No entanto também é de referir que os inimigos são mais difíceis de derrotar do que em qualquer outro jogo da série. A banda sonora também podia ser melhor.
     Sem querer revelar mais pormenores sobre o jogo apenas posso dizer que é um jogo muito divertido e que qualquer fã de Halo/ficção-científica/first-person-shooters o deve jogar. É também um jogo muito fluído que consegue combinar bem a acção com a história, aliás muitas vezes nem se nota a passagem de um nível para o outro visto que o loading do próximo nível é todo feito durante as cutscenes, isto levou-me a jogar sem conseguir parar desde a meia-noite até às sete da manhã sempre ansioso por ver o que é que vinha a seguir, e a explicação para as perguntas que surgiam durante as partes cinemáticas.
     São também reveladas as respostas a questões que foram levantadas pelos jogadores desde o primeiro jogo, ao mesmo tempo que deixa ainda algumas perguntas no ar preparando assim o terreno para o próximo jogo, tudo isto sem sacrificar a jogabilidade em nenhum momento.
  

0 comments :