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quinta-feira, julho 31, 2014

Análise: Transformers War for Cybertron

Analisado por Redhellc



Bem-vindos a Cybertron
Já há algum tempo que queria experimentar a sequela deste jogo, Fall Of Cybertron, mas achei que não devia fazer a análise desse jogo sem antes falar deste. Sendo assim, Transformers War For Cybertron foi um jogo feito pela High Moon Studios para a Xbox 360, PS3 e PC, lançado pela Activision em 2010. A ideia era criar um jogo com a sua própria narrativa, ou seja, independente dos filmes ou séries. Mas será que criar um jogo desta forma significa que a sua qualidade é melhor que de outros jogos do franchise?


Guerra Civil
A história começa em Cybertron, no meio da guerra entre Decepticons e Autobots, muito antes de ambos virem parar à Terra. A história conta os eventos que levam os Transformers a abandonar o seu planeta. A estrutura na qual a história assenta deixa escolher com qual dos lados queremos começar a história, independentemente da campanha dos Decepticons anteceder a dos Autobots. A história começa com o líder dos Decepticons, Megatron, à procura de uma fonte de energia esquecida, Dark Energon, com planos de usá-la na luta contra os Autobots. Por outro lado, a história dos Autobots começa com o ataque dos Decepticons sobre a capital dos Autobots, Iacon, e a aparente morte de Zeta Prime, líder dos Autobots. Cabe agora a Optimus e aos seus companheiros recuperar Iacon.
A história do jogo está muito boa, faz um muito bom trabalho em mostrar o mundo dos Transformers e a situação em que se encontra. As relações entre os personagens estão bem feitas e é muito fixe ver como algumas dessas começaram. Com isto, todos os personagens estão bem representados, incluindo as vozes e não só. Mas a melhor parte da história é ver como ela evolve, não só em cutscenes mas também enquanto jogamos. Dá uma sensação de um mundo vivo à nossa volta e do caos em que se encontra mergulhado.


Luta de tiros sobre rodas
O jogo usa o Unreal Engine e o seu estilo é o de um shooter em terceira pessoa. Tal como muitos, o personagem encontra-se no canto inferior esquerdo e o objetivo é enfrentar os teus inimigos com uma série de armas de fogo. Como outros jogos do estilo, o cover é muito importante para o gameplay, sendo necessário usar vários objetos para nos protegermos. A diferença neste jogo é que estes objetos não são pré-definidos como noutros jogos, ou seja, qualquer parte do nível pode servir de cover, desde que nos seja conveniente, o que eu aprecio bastante visto dar uma certa liberdade ao jogador.
Falando no que toca ao controlo do personagem, posso dizer que, devido às razões expostas acima, é bastante intuitivo, e posso também dizer que os Transformers são bastante ágeis. Claro que ainda tenho que falar noutra parte, obviamente diferente a outros jogos, a habilidade de se transformar num veículo. Bem, a maior parte deles funcionam bastante bem, são mais rápidos que as suas formas normais e são uma boa forma opcional de mobilidade, sem falar que possibilitam umas sequências de acção muito boas. Os únicos que se calhar precisavam de uns retoques seriam os jactos, pois às vezes é fácil perder a noção de onde estamos.
Em relação à diversidade de jogabilidade, bem, temos um número bastante grande de Transformers para jogar, cada um com o seu estilo de arma e habilidades especiais. Mesmo assim podemos mudar a arma que estamos a usar, adaptando assim o estilo de combate que gostamos mais ao Transformer que queiramos usar.
Em termos de modos de jogo, temos a campanha, que pode ser jogada com 3 pessoas, e dois modos multiplayer: escalation e um modo multiplayer mais habitual. A campanha está bem recheada e provavelmente é o melhor modo de jogo, os números de capítulos em que está dividida fazem-na bastante grande e todos eles dão uma experiência um pouco diferente. Um apelo especial para os bosses do jogo, visto que quase todos os capítulos têm um e estes estão bastante fixes para além de ainda serem usados em segmentos de níveis bastante interessantes. Excepção para um ou outro que não fazem muito para se destacarem. Em relação ao multiplayer, em primeiro lugar, tenho que mostrar o meu descontentamento por este ser exclusivo online. Não percebo porquê quando muitos outros jogos fazem os dois com o mesmo estilo de jogo. Em relação aos modos em si, não são nada de especial mas funcionam decentemente. O modo escalation é o tipo defende uma zona de ondas de inimigos e o outro multiplayer é o modo onde podemos lutar contra outras pessoas com vários objectivos. Se bem que este último pode ficar um pouco críptico, pois às vezes é complicado encontrar os outros jogadores nos campos. Mas ei, oferece um modo de customização simples, de forma a criar uns Autobots únicos com umas poucas opções. O modo de co-op da campanha funciona bem, mas quando não se está a jogar com mais ninguém na campanha os personagens são substituídos por bots, com uma IA um pouco atrasada, mas que mesmo assim não invalida a boa experiencia desta.


Uma aura mecânica viva
O ambiente do jogo é talvez algo que deixa a desejar. Em termos de gráficos podemos dizer que são bons e os designs dos robôs estão bastante interessantes, mas existem alguns problemas com as texturas. Onde algumas são de qualidade um pouco baixa enquanto outras têm falhas a carregar. Também não ajuda que algumas zonas dos níveis sejam um pouco parecidas, os developers até fizeram um decente trabalho em dar uma impressão diferente em cada nível, mesmo assim, a diversidade fica um pouco em falta em termos de aspeto visual. A pior parte disto é, especialmente, as zonas de multiplayer, pois é um pouco difícil identificar os jogadores nalgumas delas.
A música é um dos aspectos que não desaponta no jogo, o estilo escolhida assenta muito bem ao aspeto robótico de Cybertron e encaixando no franchise. Cada uma destas é usada bem para invocar o sentimento de guerra com um toque épico.


Autobots Roll Out!
Para o primeiro desta série de jogos, é um bom começo. É verdade que o que o jogo faz não é nada de novo, a maior parte do tempo pelo menos, mas aquilo que faz, fá-lo bem. A história entretém, sem dúvida, o gameplay é bom, nada de especial, mas bom e o ambiente não é mau, até é decente, mas podiam fazer muito melhor. O multiplayer desaponta-me pelo facto de ser exclusivo online, mas funciona bem e até é divertido na maior parte do tempo.
Na verdade, o jogo é divertido e é isso que importa, não só uma boa experiencia para quem gosta de shooters em terceira pessoa, mas também obviamente para os fãs do franchise.

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