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sexta-feira, maio 09, 2014

Análise: Professor Layton VS Phoenix Wright: Ace Attorney

Analisado por Redhellc


Confronto de Lendas
No final do mês de Março, a Europa teve o lançamento de um dos cross-overs há muito esperado na Nintendo 3DS. Professor Layton, o famoso arqueólogo e mestre de puzzles, e Phoenix Wright, o advogado mais surpreendente de *cough*Los Angeles*cough*, juntam-se nesta nova aventura de mistérios e julgamentos.
Não há dúvida que eu olho às duas séries com grande apreciação, e por isso esperava nada mais que um jogo espetacular, considerando os franchises. A verdadeira questão é: Será este jogo capaz de fazer jus aos dois franchises e ser um ótimo jogo ao mesmo tempo?


O começo de uma nova história
O jogo começa com uma perseguição de carro onde nos são introduzidos os antagonistas da história, bruxas, de nome Carmine Accidenti e Espella Cantabella. A certa altura o carro despista-se devido a umas estátuas andantes, e descobrimos que as bruxas estão a perseguir Espella, a qual Carmine, ferido, manda-a ir buscar ajuda a um dos seus antigos professores, nada mais que Layton. Espella informa o professor e devido a um lapso, esta é capturada e Layton, com o seu aprendiz Luke vão atrás das raptoras. Layton consegue engendrar um plano para Espella escapar, mas este e Luke acabam por ser transportados para outro local através de um livro que Espella tinha estado a guardar, Historia Labyrinthia. Mais à frente, Phoenix, que vem para Londres através de um programa de intercâmbio de advogados, vê-se a defender Espella que se encontrou num mal-entendido. Phoenix consegue ilibar Espella e no final do caso encontra-se na mesma situação que Layton, onde ele e Maya, a sua assistente, são também transportados pelo livro. Para onde são transportados? Para Labyrinthia, cidade natal de Espella. Lá descobrimos toda uma trama de magia, bruxas e profecias. Uma cidade governada por histórias.
Obviamente como qualquer jogo tanto de Layton e Ace Attorney, não é me possível revelar muito mais sobre a história sem estragar uma das partes cruciais do jogo. E se é crucial! A história é sem dúvida a parte mais importante do jogo, e o jogo não falha nem um pouco nela. Para além de ser muito intrigante, está cheia de plot-twists como qualquer Ace Attorney e mistérios como um jogo de Layton. A história, sem dúvida, tira inspiração nas histórias de ambos os franchises e ao mesmo tempo parece totalmente fresca. As personagens estão no ponto certo e todos os momentos emocionais destas estão otimamente bem trabalhados, seja um de humor ou de tristeza. O seu tamanho está o habitual para um jogo de Ace Attorney e maior até para um Layton, ou seja, têm muitas horas de diversão neste jogo.


Puzzles encontram Julgamentos
O gameplay é mistura entre os dois franchises também. Temos em primeiro a parte de exploração dos jogos do Layton, onde se investiga os mistérios da história à medida que se vão realizando puzzles. A componente de Layton está perfeita no jogo, os puzzles vêm em muita variedade e contêm a quantidade certa de dificuldade. E nunca eu notei que os puzzles atrapalhavam o momentum da investigação, como acontece num ou noutro jogo de Layton, mas sim acompanhavam-na. A exploração de cenários está o habitual, com alguns segredos pelo meio e muitos personagens para interagir. E a movimentação está o habitual de Layton, com um ou outro elemento de Ace Attorney misturado pelo meio, que ajuda à imersão da exploração.
A outra parte do gameplay vem de Ace Attorney, a parte da investigação e dos julgamentos. Em certas alturas do jogo, Phoenix tem que explorar cenas de crimes tal como nos seus jogos. Enquanto que aqui os controlos são os mesmos que os de exploração vinda dos jogos do Layton, o seu conceito é parecido, e por isso assenta muito bem. Os julgamentos estão mais ou menos intactos como nos jogos de Ace Attorney, mas agora com um ou outro twist. Por exemplo, como mais do que uma testemunha a relatar acontecimentos, e o sistema de hints que é transportado de Layton, ajudando o jogador quando este está em dificuldades. O que eu acho vital, pois penso que, em algumas situações, não é bem evidente o que se tem de apresentar ou contra-argumentar num testemunho. Mas nada que prejudique o jogo, apenas adicionando alguma dificuldade.


Uma apresentação meticulosa
Os gráficos do jogo continuam o estilo criado pela Level 5 para o primeiro jogo de Layton, mas agora mais arrojado. Posso então dizer que o jogo parece muito bom, especialmente usando o 3D da consola. Os personagens vindos do Ace Attorney tiveram um pequeno arranjo para se adequarem bem ao estilo do jogo, tal como o aspeto de jogo foi também um pouco adequado a estes. Nada parece fora, dando-nos a sensação de que ambos pertencem ao mesmo mundo.
Todo o ambiente do jogo assenta bem no tema central do mesmo, o de uma época medieval e é uma mistura perfeita entre Layton e Ace Attorney.
O mesmo se pode dizer da banda sonora, a mistura perfeita entre Layton e Ace Attorney, logo mostrada pelo tema principal. É simplesmente fantástica, como seria de esperar de ambos os franchises.


O capítulo final
Caso ainda não tenham percebido, este jogo é um cross-over perfeito. Não só contém ambas as personagens intactas, mas mistura perfeitamente os dois mundos e gameplays. Basta olhar para todo o jogo para ver que foi criado como uma carta para os fãs de ambos os franchises.
Como um jogo sozinho, bem, a história é fantástica, o gameplay é o que esperamos destes jogos e incrivelmente balançado, já para não falar do seu aspeto que é muito bom, especialmente acompanhado por uma banda sonora brutal.
Este é um jogo que nenhum dos fãs da série deve falhar, mas se estão à procura de uma experiência nova na 3DS, este jogo também é um ótimo sítio para começar, e até pode ser que vos intrigue num dos franchises. Sem dúvida, este é o jogo que ambos os franchises mereciam, e não podia esperar melhor deste jogo! Os meu parabéns aos developers!

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