Google+

domingo, janeiro 12, 2014

Análise: Pokémon X e Y

Analisado por Redhellc


Uma nova jornada começa
       Chegou 2013 e os novos jogos da saga Pokémon foram lançados, dando início à geração número 6 na 3DS. Para quem não sabe ou esteve a dormir os últimos 15 anos, Pokémon é um franchise que tem como base RPG's onde o mundo revolve à volta das criaturas chamadas Pokémon. Cada criatura tem um certo poder e cabe ao jogador criar uma equipa de, no máximo, seis pokémons para enfrentar os desafios à sua frente.
          Ora, o franchise tem um enorme sucesso e é óbvio que a Nintendo iria lançar uma nova geração na nova consola portátil. Esse dia chegou há relativamente pouco tempo, no dia de 12 Outubro, quando esses jogos foram lançados.


O começo de um campeão
           A  história  começa  como  os  outros  jogos,  somos  um  rapaz  ou  rapariga  que  acabou  de receber uma mensagem do professor da região de Kalos, o professor Sycamore. Nessa mensagem diz que ele irá dar um pokédex e um pokémon a vários jovens da aldeia, com o objectivo de seguirem numa jornada. Depois de os jovens dividirem os pokémons entre si, seguem para a cidade onde se encontra o professor. Mas antes o jovem treinador tem que vencer o primeiro de 8 crachás nos ginásios espalhados por toda a região, que faz parte da sua jornada. Quando finalmente se encontram com o professor, este informa-os de um novo tipo de evolução que anda a estudar, a Mega Evolução, e pede ajuda para desvendar este segredo. Segue-se então a jornada habitual entre lutas de ginásios e outros desafios, com uma nova equipa maligna na região chamada de Team Flare, que querem tornar o mundo mais “belo”. O que os leva ao Pokémon lendário da versão escolhida. A história principal termina com a habitual liga, e campeão.
         Como é possível ver, a fórmula não muda muito de outros jogos, agora com mais uns amigos a acompanhar o protagonista e uns detalhes um pouco diferentes. Não quero dizer que não funcione mas um pouco de variedade também não fazia mal. Em termos da busca sobre a Mega Evolução, posso dizer que é interessante, e que a Team Flare é mais uma das equipas malignas da saga e nada muito mais, se bem que a história e mensagem por detrás dos esquemas da equipa Flare até é bastante querida. E, finalmente, temos um final que nos dá a verdadeira sensação de ser um campeão de uma região.
          O que os jogos fazem sempre bem é a criação de todo um mundo de jogo, onde cada pessoa ou treinador tem a sua personalidade e alguns as suas próprias histórias, o que o torna sempre um experiência imersiva. Dito isto a lenda dos pokémons lendários infelizmente não é nada que nunca se tenha visto, com lendas sobre criação e destruição da região.


Mega-Evolução Pokémon
           Sem dúvida onde o joga muda mais coisas é no gameplay. O sistema de batalha foi novamente melhorado, com pequenas coisas como receber experiência quando se captura pokémons e afins, até mesmo a adição de um novo tipo de Pokémon, fairy, decerto para balançar tipos overpowered como dragão. Um novo tipo de encontros selvagens também foi adicionado ao jogo, onde não aparecem nem um nem dois pokémons mas sim um total de 5 mais fracos contra só um pokémon. Pessoalmente, acho um pouco desnecessário, mas traz variedade. Também foi adicionado a alguns pokémons um novo tipo de evolução, a mega-evolução, uma evolução que só dura durante a batalha, um conceito novo no franchise mas, novamente, nada que nunca tenhamos visto. Também foram adicionados novos tipos de batalhas, batalhas inversas, onde se pode ver pelo título que inverte as regras de tipos nas batalhas, e ainda sky battles, que só se podem usar certo tipo de pokémons e alguns ataques são ineficazes. Novos modos como Pokémon-amie, para aumentar a relação com os nossos pokémons, e Super Training, para evoluir stats específicos dos pokémons através de mini-jogos, também são bastante bons. Por fim, a adição de customização é também agradável e já há muito esperada, pena que ainda seja um pouco limitada.
           Em termos de pokémons novos, não oferece muitos, em vez disso usa uma grande variedade de pokémons de diferentes gerações, o que eu penso que é melhor considerando alguns dos pokémons novos.
          A  exploração  do mundo também está muito mais acessível, não só podemos correr carregando no B, como logo quase desde do início que temos acesso aos rollerskates, que nos possibilitam um movimento de 360º e ainda mais rápido. O que faz praticamente inútil a existência da bicicleta. Movimentos HM ainda são necessários como em outros jogos para avançar em certo locais, mas não são tão usados quanto isso, posso contar pelos dedos da mão quantas vezes os utilizei. Sem falar nas muitas opções que o jogo oferece de interacções e locais para explorar.
         Mas onde o jogo brilha é na oferta online que oferece, tantas opções desde batalhas, a trocas, a achievements, a conexão com a comunidade é simplesmente incrível! Sem falar da fácil acessibilidade que se tem que nunca tinha sido visto no franchise.
       As  únicas  grandes  falhas  que o jogo tem para mim são a pouca consistência de ritmo na campanha, e a pouca oferta que vem desta depois de se completar a liga, quero dizer, à excepção de uns poucos pokémons lendários, não há muito mais que fazer.


O salto há muito esperado
          Sem dúvida, umas das coisas mais esperadas pelos seguidores do franchise era o salto para 3D e sem dúvida que o jogo fá-lo muito bem, com um estilo cell shading que assenta espectacularmente ao franchise. Os modelos e animações dos pokémons estão muitos bons, mas os tamanhos destes às vezes são um pouco estranhos. As cidades e locais para explorar estão suficientemente bem e são diversificados, menção especial para a cidade de Lumiose. Em relação ao 3D do jogo posso dizer que é um pouco esquizofrénico, há alturas que pode ser ativado e outras não, mas ao menos quando está ativo funciona bem.  
        O interface das batalhas e menus está muito mais agradável e acessível, só não gosto muito da mensagem que aparece no menu quando se tem a internet desligada, fica um pouco feio.
         A parte que me desapontou mais foi sem dúvida a banda sonora, não é que seja má, mas tendo em conta a consola, a qualidade de som das músicas podia ser muito melhor. Algumas músicas também são um pouco monótonas, se bem que há outras que são muito boas.


O ataque final
        Concluindo, posso dizer que para mim este é o melhor jogo de Pokémon que saiu nos últimos tempos. Não é perfeito, afinal a história continua mais ou menos o mesmo ao final deste anos e alguns detalhes foram deixados para trás a favor de outros. Mas faz o que um jogo de Pokémon deve fazer, e fá-lo muito, muito bem.
          Por  pouco  que  este  jogo  recebia  a  menção  mais  alta que nós temos, mas não consegue lá chegar. Pode ser que outra versão do jogo saia mais a frente e corrija os pequenos erros que ficaram para trás. Por agora o que posso dizer é que é um jogo que vale a pena ser jogado por toda a gente que goste de RPGs e alguma vez tenha gostado de algum Pokémon. Para os que estão a começar é um óptimo jogo para eles. 
Parece que ainda não é desta que dá-mos um Amazing!

0 comments :