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segunda-feira, setembro 23, 2013

Análise: Devil May Cry 1 HD

Analisado por redhellc



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A clássica série de jogos de ação Devil May Cry, desenvolvida pela Capcom, recebeu este ano um update com o lançamento de uma coleção HD dos 3 primeiros jogos. Isto cria uma boa oportunidade para uma análise à série original, antes do lançamento do “reboot”.
Lançado em 2001, o primeiro jogo da série começou como uma das sequelas para outra série da Capcom, Resident Evil, mas a equipa encarregue do jogo sentiu que não encaixava bem com os outros jogos da série e decidiu continuar como um jogo separado. Esse jogo ficou o Devil May Cry 1 que nós conhecemos, um jogo de aventura e ação rápida.


Há bulha no mundo dos demónios
Reza a lenda que outrora o mundo dos humanos viveu tempos em que era dominado por demónios, um mundo negro e corrupto. Mas um dia um dos demónios decidiu pôr fim ao mal no mundo, e revoltou-se contra os da sua espécie, expulsando-os do mundo dos humanos e trazendo paz ao mesmo. O nome desse demónio era Sparda, pai de Dante.
Dante é o protagonista do jogo e esta lenda é o primeiro degrau na história. Basicamente, o filho decide seguir as pegadas do seu pai, dando porrada em demónios com estilo. Com a sua agência, Devil May Cry, ele é contratado para trabalhos que precisei de um pouco mais… Uff. Pelo menos é isso que percebemos porque a história em si é escassa no jogo. Contada a lenda sucede-se o aparecimento de uma rapariga no seu escritório denominada Trish, e oferece um trabalho a Dante. O demónio “chefe”, Mundos, que o seu pai tinha banido do mundo dos humanos está a tentar voltar outra vez e ele tem que ser parado. E depois disto a história é posta um pouco de parte para dar mais asa à exploração, mas não se enganem porque esta progride com a ajuda de umas poucas cutscenes, e com uns momentos hilariantes de atuação. Sim, a história em si não é má e as personagens são decentes, mas no que toca a trabalho de voz, ya….Digamos que nem sempre é credível.
No final tem um clímax decente que segue o clima “over the top” da história que o jogo tenta almejar.     

Hack, slash e muito estilo
O título explica o estilo de jogo: hack e slash, rápido e diverso. Os combos, mesmo que com uns comandos simples, normalmente relacionados a um botão que, juntamente com as armas secundárias (ex: 2 pistolas), conseguem ser diversos o suficiente para atacar os inimigos com uma estratégia, e acreditem, não podem mergulhar de cabeça contra os inimigos pois estes não estão para brincadeiras. A adicionar a esta estratégia ainda existem diferentes armas no jogo, com diferentes estilos de luta, que estão espalhadas pelo jogo, e para mais temos o “devil trigger”, um modo que dá habilidades novas a Dante, com uma força e velocidade incríveis.
Um elemento grande do jogo é também a exploração. O jogo todo passa-se numa ilha, onde temos de investigar cada canto para progredir nas missões do jogo e sim, o jogo está divido em missões. No fim, a exploração está bem-feita com a maior parte dos puzzles simples de perceber, para que não se arrastem por muito tempo, sendo que ao mesmo tempo conseguem ser desafiantes. Sim, porque se ainda não perceberam, Devil May Cry não é um jogo fácil, mas isso faz parte do seu charme.
Ainda assim, existem uma variedade de utensílios que não só facilitam a vida ao jogador, mas também evoluem a personagem. E com evoluir a personagem significa a obtenção de mais combos para as armas e um aumento da barra de vida ou da barra do “devil trigger”.     


Uuuuu…flashy
Quando se abre o jogo pela primeira vez e se vê aquela introdução, sabemos logo o que nos espera no jogo. Um estilo de jogo “over the top” com sequências brutais e uma pitada de suspense, num ambiente inóspito. E sem dúvida que o jogo oferece isso, as animações, os gráficos e a banda sonora, tudo contribui para este efeito.
Claro que falamos de um jogo já com 12 anos, os gráficos não estão muito a par mesmo sendo bons para a altura. É aí que a versão HD entra, supostamente colocando o jogo a um nível mais recente…Pena que normalmente faça um mau trabalho com isso. Muitos dos menus e algumas das cutscenes estão num formato SD e com uma definição horrível, e os gráficos já com alguns anos não ajudam à apresentação do jogo.


Afinal os demónios choram?
Bem, eu penso que não têm motivos para isso, o jogo, mesmo passados estes anos todos, ainda oferece uma boa experiência dentro do género. E mesmo que a versão HD não seja uma boa transição, eu penso que faz o trabalho competentemente.
Eu não tenho problemas a recomendar o jogo aos fãs do género, mas a fãs da série, se já tiverem o jogo e não tiverem motivos de forma maior para comprar esta versão, eu digo que a podem saltar. Claro que, como é uma colecção, também vai depender do conteúdo que trazem também com os outros jogos. Mas no que toca ao primeiro jogo a coleção HD pouco adiciona ao conteúdo original e, se calhar, o constante saltitar entre resoluções pode incomodar alguns.

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