Análise: Bayonetta 2
Depois
das revisões internas que ocorreram na Sega que deram origem a alguns jogos
serem cancelados, a última coisa que as pessoas esperavam era o anúncio deste
jogo. Mas a meio de um Nintendo Direct foi mesmo isso que aconteceu! No
entanto, desta vez o jogo seria exclusivo para a Wii U e seria publicado pela
Nintendo com a supervisão da Sega.
Então,
no dia 24 de Outubro deste ano tivemos o lançamento da sequela do jogo mais
apreciado da Platinum Games. Como tal, surge a pergunta: será que eles
conseguem atingir o mesmo nível de qualidade que o primeiro teve? Antes de começar gostaria de dizer também que esta análise é só sobre o singleplayer do jogo, visto que ainda não me foi possível experimentar o co-op online. Sendo assim isso farei um pequeno artigo sobre tal mais à frente.
O Equilíbrio dos Mundos em Caos
A
aventura começa logo a seguir aos acontecimentos do primeiro jogo, onde
Bayonetta está às compras com Enzo, num começo mais casual que o primeiro.
Quando Jeanne aparece sabemos que algo está mal no equilíbrio que existe entre
os três reinos, onde existe uma tensão muito alta devido aos acontecimentos do
jogo anterior. Nisto, Bayonetta é atacada por anjos onde acaba com esta a fazer
um Summon de um dos seus demónios, mas desta vez algo corre mal e esta perde o
controlo do mesmo fazendo com que a alma de Jeanne seja arrastada para Inferno. Bayonetta decide que vai tentar
usar os portões de Inferno que se
encontram numa montanha mística, Fimbulventr, e salvar a alma de Jeanne de ser
consumida por um demónio.
A
história tem a mesma qualidade que o primeiro, não só em termos de enredo em
si, mas também no atores. Esta continua com o mesmo nível frenético de ação e over the top goodness. As seções de ação
estão tão boas como sempre e o humor continua intacto. Bom, já deu para
perceber que se gostaram da história do primeiro jogo também vão adorar esta.
Uma coisa que se destaca em relação ao primeiro é o final inteligente que tem.
Não que o do primeiro seja mau, muito pelo contrário, mas este tem um twist muito interessante.
Umbran Climax
Se já
conhecem o gameplay do primeiro,
então já sabem o que vos espera pois o jogo mantém o controlo da personagem
intacto, o que é bom visto que já era perfeito. Neste jogo, optaram por
aumentar ainda mais a quantidade de armas que podemos usar, e melhorar uma ou
outra que no jogo anterior não eram assim tão boas. Também temos uma transformação
nova para usar, que aumenta ainda mais a mobilidade da personagem. Para acabar,
eles decidiram colocar o Umbran Climax, que estava normalmente ativo nos Bosses
do primeiro jogo, como um estado mais forte que pode ser ativado a qualquer
ponto da batalha, caso se tenha energia suficiente. Ou seja, isto quer dizer
que a personagem está ainda mais versátil.
Os
inimigos e Bosses são praticamente todos novos, o que dá um ar fresco ao jogo.
Mesmo que a variedade pareça um pouco menor que no primeiro jogo. Mas metendo
alguns inimigos antigos à mistura faz uma panóplia de alvos diferentes a
abater. Os Bosses continuam espetaculares como sempre, se bem que alguns ficam
um pouco atrás em comparação ao primeiro jogo.
Os
níveis são muitos e diversos como no primeiro jogo, mesmo sendo um pouco menos
que no primeiro, se bem que alguns compensam com um tamanho superior e com
muitos verses para combater. Muitos
ainda incentivam a exploração, se bem que as coisas parecem menos bem
escondidas que no primeiro, mesmo tendo um ou outro verse estranho de encontrar. Pena que o número de minijogos e
seções diferentes da norma são menos que no primeiro jogo, mesmo que continuem
bons como sempre.
O
jogo também tem personagens desbloqueáveis, armas e acessórios para colecionar
e troféus para conquistar no jogo. Ou seja, tem tanta replayability como o primeiro, o que é bom. Mas, no que toca à playtrough inicial, caso um jogador não
tenha um espírito de exploração, vai ter uma experiência mais pequena que no
primeiro jogo.
Reflexo
de Beleza
Se o
primeiro jogo ainda parece bem nos dias de hoje, este está obviamente a par das
expetativas. Os gráficos foram obviamente melhorados e o estilo gráfico foi
amplificado, com mais cores e mais vivas. Onde se nota bem são nas áreas da
cidade, a forma como eles usam a água no jogo e o efeito que ela cria no jogo
mostra como o jogo é belo.
Já
agora, gostaria de falar de uma coisa que não falei na análise do primeiro
jogo, os loadings do jogo, que nos
deixam praticar combos e movimentos num espaço vazio. É muito fixe para queimar
tempo enquanto se espera, especialmente que, dado que a consola usa uma espécie
de Blu-Ray, os loadings são um pouco
maiores.
Em
relação à banda sonora, posso dizer, sem problemas, que está ainda melhor que o
jogo anterior, ou seja, se o primeiro já era espetacular então este é
brilhante.
Love
is Blue
Quando
quis analisar este jogo, vi-me num impasse. Não posso negar a sua
espetacularidade, mas saí um pouco desapontado, devido talvez ao hype que fiz do jogo visto o primeiro ser
dos meus jogos favoritos. Mas, como podem ver acima, o jogo é pelo menos tão
bom como o primeiro, e é o melhor que a Platinum Game fez desde o jogo
original. Acho que com uma história tão boa como o primeiro, um gameplay muito bom, mesmo que nalgumas partes
não atinge o seu potencial completo, e uma apresentação ainda melhor. Posso
dizer que é uma sequela à altura do seu antecessor, e aconselho a todos tal
como aconselhei o primeiro.
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