Análise: Legend of Korra
The
Legend of Korra foi um pequeno jogo lançado em exclusivo para digital a 21/22
de Outubro para a PS3/PC/XBOX360. Baseado na série de animação do mesmo nome da
Nickelodeon e publicado pela Activision, este é mais um jogo criado pela
Platinum Games onde o estilo é mais beat
'em up, para além do mais convencional Hack
and Slash deles.
Sendo
um jogo low-budget, algo não muito
normal para a Platinum, será que a qualidade do jogo sofre com isso?
Korra
Bloqueada
A
história passa-se entre a segunda e a terceira temporada da série, onde Korra
está a ser atacada por uma debandada de espíritos e acaba sendo derrotada por
eles. Logo depois disso, voltamos um pouco atrás para vermos Korra a viver um
dia normal, para o Avatar pelo menos, quando esta é intercetada por um grupo de
inimigos e um velho, deixando-a inconsciente. Quando acorda, descobre que todos
os seus elementos foram bloqueados. A história segue Korra a recuperar os seus
elementos e descobrir quem está por detrás do ataque e porquê.
Não é
uma história muito complexa e apenas serve de pretexto para seguir de nível
para nível, mas faz o seu trabalho para um jogo destes. As cutscenes animadas estão com um boa qualidade e os atores também
fazem bem o seu trabalho. Pena não vermos muitos dos personagens para além de
Korra.
Os
Quatros Elementos
Se já
conhecem o gameplay dos jogos da
série Bayonetta, então verão que este é muito parecido ao mesmo. No entanto,
contém diferentes elementos à escolha em vez de armas, onde cada um tem um uso
mais prático dependendo de cada situação. Isto dá uma variedade interessante ao
gameplay. Também diferente é o modo
de defesa, que quando utilizado no momento certo faz um contra-ataque, um
movimento que se não souberem fazer não vão chegar longe no jogo e,
infelizmente, às vezes é um pouco restrito. Sim, em termos de dificuldade o
jogo não brinca, talvez até um pouco injusto demais, especialmente com uma
câmara que nem sempre funciona bem.
Em
termos de inimigos, a seleção não é muito grande mas tem alguma
diversidade, mesmo que pouca. Mas diferentes variações do mesmo inimigo
constituem a grande maioria dessa variedade, não seria isto um beat 'em up. Da mesma forma, os níveis
não são nada de especial, à exceção de uma ou outra parte de exploração e/ou platforming, visto que a maior parte não
passam de áreas para montes de inimigos aparecerem.
De
vez em quando também temos umas seções de jogo com Naga, o animal de estimação
e montada de Korra, onde um estilo de endless
runner é usado. Estas partes seriam melhores se muitas vezes não
prolongassem tanto a sua visita, especialmente por serem muito básicas.
Para
além disto, ainda existe mais um modo de jogo, o pro-bending, que é um género
de desporto da série, onde o objetivo é mandar o oponente para fora da zona de
batalha usando um elemento. Mas este modo fica repetitivo ao final de algum
tempo, especialmente depois de muitas rondas de seguida.
Um
Visual Animado
O
estilo de gráfico que o jogo usa é cel
shaded, para relembrar a série, se bem que às vezes é um pouco simples
demais. Especialmente com algumas estranhezas nos modelos e afins. Mesmo assim
é agradável à vista, especialmente em movimento, e funde-se bem com as cutscenes animadas do jogo.
A
banda sonora é a mesma da série, que mesmo tendo melodias brilhantes, é pouco
reduzida para a variedade de melodias que se calhar o jogo precisava. O que
acontece é que acabamos por ouvir a mesma música mais vezes que às vezes
gostaríamos.
Etapa
final
Este
jogo é obviamente um jogo da Platinum Games, mas o óbvio low-budget aplicado a ele faz sofrer a qualidade do jogo. A
história é pequena e simples e o gameplay
é bom, mas pouco refinado. Em termos de apresentação é o mais simples possível
que pode ser aceitável. Mesmo assim, é um jogo que pelo preço a que foi lançado
recomendo a todos os que gostam de jogos de ação e, especialmente, fãs da série
e da Platinum Games, visto mesmo assim ainda ter o selo de qualidade pela qual
a Platinum é conhecida, com dificuldade alta e tudo a acompanhar.
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