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domingo, janeiro 05, 2014

Análise: Professor Layton and the Miracle Mask

Analisado por Redhellc


O retorno aos puzzles
     Professor Layton, a série de jogos sobre puzzles que saíram na Nintendo DS continuou a sua segunda trilogia na sucessora da mesma, a Nintendo 3DS. De novo voltamos a seguir o professor nas suas aventuras e quebra-cabeças, desta vez com um novo toque, porque afinal a 3DS faz parte da nova geração, e novas gerações significam novas expetativas.


A cidade dos milagres
       A história começa como muitos outros jogos da série: o professor recebe uma carta de uma amiga de infância, Angela Ledore, a pedir a ajuda deste. Aparentemente, devido a uma máscara com poderes especiais, a cidade onde esta reside encontra-se sobre a ameaça de uma maldição. Intrigado, o professor resolve ir investigar, acompanhado como sempre pelo seu aprendiz, Luke Triton, e a sua assistente Emmy Altava, seguindo em direcção à cidade, Monte D’Or. Na sua chegada verificam que uma série de “milagres” andam a aterrorizar os habitantes, obra de um tal Masked Gentleman. Depois de uma perseguição que acaba em falhanço, estes decidem ir começar a investigação pela pessoa que os levou a Monte D’Or em primeiro lugar. Aí, descobrimos que este Masked Gentleman anda a aterrorizar a cidade há algum tempo e que por uma certa razão, a ligação entre o professor e Angela não é das melhores. A partir daí a história e a investigação começam a ganhar passo.
     Posso já dizer que se uma pessoa não joga estes jogos pelos puzzles, joga então sem dúvida pela história. E este, como sempre, não desaponta. Claro que, em relação a outros jogos da série, este é um pouco mais soft, mas a qualidade continua lá. O mistério à volta da cidade é sem dúvida muito interessante e as personagens continuam a emanar um charme cativante. Tal como nos outros jogos, vêem-se os detalhes trabalhados destas, seja nas revelações grandes, ou nas coisas que passam mais despercebidas. Também gostei muito do facto da história entrar um pouco mais no passado do professor, o que eles parecem estar a fazer muito nesta trilogia, dando-lhe um toque diferente.


Puzzles há muitos!
       A série é sem dúvida conhecida pelo seu gameplay à base de pequenos quebra-cabeças, e não há falta destes neste jogo. Penso que alguns repetem-se um pouco mais do que o normal, tendo em conta outros jogos. Mas este jogo compensa com outros desafios, dado que em certas alturas do jogo este vira para outro tipo de gameplay. Temos uma perseguição a cavalo logo no início do jogo e ainda um capítulo inteiro composto de um tipo exploração de grutas com uma vista de cima. Enquanto eu penso que a última começa a arrastar-se no final, continua a ser uma lufada de ar fresco naquele ponto do jogo.
      A grande melhoria que o jogo apresenta é sem dúvida a parte de investigação e exploração normal na cidade. Agora na 3DS estas secções são mais em 3D o que possibilita uma exploração mais do estilo de um point-click que antes. O jogo também adiciona novas habilidades neste gameplay, como a possibilidade de fazer zoom nalgumas áreas. As mudanças feitas nestas fases fazem-nas muitas mais divertidas, ao ponto em que às vezes gostava de passar mais tempo a explora-las entre puzzles.
      O jogo também traz alguns mini-jogos quando se quer fazer uma pausa do jogo normal, estes são o que a série já nos habitou. Não são nada do outro mundo, mas servem para uma pequena distracção.


Um visual atualizado
    Com o salto para uma nova consola o jogo recebeu uma “pequena” atualização de visual. As personagens são agora renderizadas em 3D, e mesmo que os seus modelos estejam um pouco datados, parecem bem, especialmente usando o 3D da consola. Os cenários são ainda em 2D, mas têm agora um pouco mais de profundidade, também melhorado pelo efeito 3D. Aliás, este deve ser um dos poucos jogos onde para mim o jogo fica melhor com o 3D ligado. Os puzzles continuam com a mesma apresentação de sempre, nada de especial a realçar.
     A maior parte das cutscenes continuam a ser num estilo anime com a grande qualidade normal delas, mas de vez em quando também podemos ver uma cutscene com os modelos in-game do jogo. Se bem que os modelos obviamente não foram desenhados para isso.
     Em termos de música, esta continua espectacular, com uma banda sonora que não deixa nada a desejar. Então e com a qualidade superior que a 3DS oferece em relação à consola anterior, sente-se mesmo um aumento na qualidade da música.


Revelação final
    Com uma história bastante boa, um gameplay sólido e diversificado, uma apresentação boa, onde a música é mestre. Sem dúvida que o salto de geração fez bem à série, visto que não só nos dá uma experiência familiar mas também novidades com esta, que resultam num jogo bastante agradável. Não é perfeito e não é o meu favorito, mas bolas se não é bom! Consigo facilmente recomendar o jogo para pessoas que queiram um ótimo jogo na 3DS, especialmente para quem gosta de uma boa história e/ou de uns quebra-cabeças. E para o fãs é um must, como todos os outros.
    Sem dúvida, no final o jogo deixa a pessoa presa e a desejar jogar mais.


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