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segunda-feira, maio 27, 2013

Análise: Anarchy Reigns

Analisado por redhellc


Tragam a “Anarquia”
Anarchy Reigns, um jogo produzido pelo estúdio Platinum Games e publicado pela Sega, foi lançado na Europa a 11 de Janeiro de 2013 para as consolas Xbox 360 e PS3. Pretendendo ser, assim, um jogo online para multijogadores num estilo brawler em 3D, contendo características de jogos action/slash, tendo sido alguns desenvolvidos, anteriormente, pelo mesmo estúdio. No jogo, é possível escolher através de uma vasta lista de personagens, tendo cada uma ataques e estilos característicos e únicos.


Uma história de duas caras
Antes do começo do jogo, é-nos apresentada a forma como o jogo se desenrola. Um mundo apocalíptico, semelhante à Terra, onde ocorreram horripilantes mutações e, de alguma forma, a anarquia reina.
Quando a campanha começa, somos levados a um bar e introduzidos às duas personagens principais, Jack Cayman e Leonhardt Victorion, também conhecido como Leo. Nesta altura, é conferida, ao jogador, a possibilidade de optar por um lado “black” da história, Jack, ou por um lado “white, Leo. O enredo da história ronda um ex-agente da BBS, Max, do qual se diz ter morto a esposa e envergado por uma vida de drogas e alcoolismo. Desde o homicídio, esta personagem é perseguida pela sua própria equipa da BBS, a qual o mesmo liderou, composta por Leo e a restante companhia, tendo ordem para atirar a matar. No intermédio, Jack, um caçador de recompensas, procura Max a pedido da sua própria filha com o objectivo de o trazer para casa em segurança. O único problema é que Jack tem outros motivos para o procurar, dado que acredita que Max é a causa da morte da sua filha.
A história continua com a perseguição do fugitivo, sendo-nos apresentadas novas personagens no decorrer do jogo. A história propriamente dita, recorre a uma série de missões para se desenrolar, acontecendo a um ritmo bastante bom. Ainda assim, enquanto pequena, é muito bem concebida e bastante interessante. Nesta, Leo considera Max uma figura paternal, criando uma boa ligação com os restantes membros da equipa. Além disso, existe um conflito interno que reside no centro da procura de Jack, tendo que escolher entre a sua vingança e o objectivo da sua missão, sendo também bem conjugado com alguns elementos “over-top”. O diálogo é igualmente inteligente e “querky”, encaixando no tom do jogo na perfeição. Enquanto algumas das personagens fazem sons irritantes, existem alguns momentos sérios muitos bons, como, também, alguns muito hilariantes.


Lutar no Caos
Referente a jogabilidade, os comandos são bastante básicos e típicos de um estilo de jogo “brawler”. Move-se com o analógico, tal como acontece com o botão de saltar “standart”. Existem, também, ataques fracos e fortes, podendo ser usados para combinar um bom número de combos. É possível agarrar inimigos ou objectos, podendo, estes, ser arremessados ou esmagados contra outros inimigos, bem como defesa ou evadir ataques recebidos.
Seguidamente, é característico do jogo existir uma única arma para cada personagem, podendo ser utilizada através da combinação do “trigger” esquerdo (XBOX)/L2 (PS3) com um ataque fraco/forte para efectuar um ataque com essa mesma arma. Contudo, a utilização desta arma é limitada pela barra de energia, sendo preenchida através das performances de acção durante a batalha. Existe, ainda, o modo “unleash” que carrega durante a batalha. Neste mesmo modo, que tem uma curta duração de tempo, a sua personagem torna-se “invencível”. Todas as suas estatísticas são potenciadas e os ataques da arma característica tornam-se ilimitados. Através da adição de outros itens e veículos que pode utilizar, como rifles de sniper, bazucas e helicópteros, obtém-se uma combinação engraçada e um conjunto diverso de opções que podem ser usadas em cada combate. Para além disto, durante o combate, podem surgir vários inimigos, desde pequenos soldados aos grandes bosses. Ainda adicionado a isto, existem vários eventos, como bombardeamentos ou terramotos, criando vários obstáculos para enfrentar em cada combate para além dos inimigos. Ainda assim, os A.I. podiam ser um pouco melhores, uma vez que tem, por vezes, uma actuação um pouco estranha. Já para não mencionar que tem uns ataques baratos na manga. Isto pode ser um pouco frustrante na maioria das vezes.
       Quando se enfrenta outros jogadores “online” podem, também, surgir alguns eventos. Um exemplo é quando surge um prémio monetário pela cabeça de alguns jogadores ou como um estilo de jogo infeccioso com alguns jogadores a curarem-se ou permanecendo como cura. Isto confere spins interessantes aos combates. Além disso, como tudo isto a acontecer como peça única, por vezes o jogo pode tornar-se um pouco confuso. Também, a câmara (que adora torcer-se sobre o jogador algumas vezes) não ajuda e o sistema de auto bloqueio é apenas útil quando é necessário arremessar objectos, dado que é frequente saltar de personagem em personagem. Por outro lado, o nome do jogo é “Anarchy Reigns”, então é esperada alguma anarquia. Por último, há muitos modos que podem ser jogados com diferentes objectivos, criando uma divertida experiência para o multijogador.


Ambiente “Overkill”
Quanto à qualidade gráfica, na generalidade, esta é bastante boa, considerando alguns detalhes em especial. As texturas encontram-se numa boa resolução e, geralmente, adaptando-se bem ao ecrã. Os modelos e a sua perspetiva de animações são muito boas, conferindo a sensação de alguma vitalidade ao jogo.
Abordando a estética, enquanto os cenários geram sensações que variam de um para outro, a aparência do cenário geral é pálida e, até mesmo, um pouco morta. Eu sei que falamos de um mundo apocalíptico, mas, ainda assim, um pouco de vida não iria prejudicar o jogo. Talvez não ajude o facto de, nos dias de hoje, vários jogos adotarem um estilo “gritty” , mas, ainda assim, o jogo continua a ter os seus momentos, sendo que cada um vive através da ação de overkill.
Não obstante, os seus criadores fizeram um trabalho excelente no jogo, dando, assim, aos jogadores, uma sensação muito única.
O que realmente contribuí para que o jogo ganhe vida é a maravilhosa banda sonora, sendo diversificada e expressiva, com músicas que variam entre o rap e o rock, mas, também, com algumas misturas pelo meio. Assim, o mundo ganha expressividade, bem como as suas personagens que, por sua vez, conseguem, assim, algumas melodias doces para as caracterizar.


No final do combate
     No final, o jogo foi bem-sucedido e correspondeu às expectativas. Ainda assim, existem alguns pontos a melhorar no jogo. Há uma hipótese perdida do facto do “multiplayer” do jogo ser exclusivo “online”, retirando alguma experiência ao jogador que não tem a sua consola/pc conectado à Internet. 
    Acrescentando a isto, a componente de multijogadores não apresenta muito sucesso neste momento, na medida em que o jogo requer muito tempo para iniciar um jogo “online”, testando a paciência daqueles menos pacientes. Isto deve-se provavelmente a pouca publicidade feita ao jogo refletindo-se na criação de uma pequena comunidade de jogadores. Contudo, é uma aquisição a considerar para os jogadores que gostam de jogos de “brawlers/action” e com um baixo preço de lançamento.

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