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quarta-feira, dezembro 11, 2013

Análise: Castle of Illusion starring Mickey Mouse

Analisado por Redhellc


A magia está no ar
     Castle of Illusion é um remake do jogo que saiu para a Sega Mega Drive em 1990. Um platformer no seu conceito mais básico, mas com todo o charme da Disney. Este saiu em 2013 para a XBOX 360, PS3 e PC, exclusivamente como download digital. Não só atualiza o aspecto do jogo de 2D para 3D, como áreas novas em 3D, e ainda cutscenes e uma banda sonora renovada. Obviamente que este jogo é uma carta de nostalgia para os fãs do jogo original, mas vamos ver como é que ele se safa como um jogo.


Era uma vez…
     A história do jogo é bastante básica: o Mickey a Minnie estão num piquenique e a passar um belo dia, quando a bruxa Mizrabel rapta a Minnie para usá-la num feitiço que irá fazer a bruxa mais nova e bela outra vez. A bruxa foge com a Minnie para o seu “Castle of Illusion” com o Mickey a seguir atrás. Aí, o Mickey tem de recuperar todas a rainbow gems para abrir a ponte que o levará para a torre mais alta do Castelo onde está a Minnie a ser guardada, mas como é óbvio as gems estão a ser guardadas por guardiões que o Mickey tem de derrotar.
      Bem, como podem ver a história é mesmo o mais básico possível, mas contém um certo charme que só as personagens da Disney têm. O facto do Mickey ser acompanhado por um narrador durante toda a história também ajuda a criar um ambiente de um conto de fadas. É até de notar que em certos pontos o narrador faz uns comentários bastante engraçados.
     Os guardiões também têm um pouco de personalidade, mesmo que pouca e a bruxa parece mesmo tirada de um filme da Disney.


O eco de uma era
       Ultimamente têm aparecido muitos platformers que se baseiam no básico do básicos do género. Castle of Illusion, sendo um remake, faz exactamente isso, não tentando ir mais além do que o faz um platformer. Temos a opção de saltar e, ocasionalmente, lançar objetos que apanhamos durante o nível... e é tudo. Mesmo assim, o design dos níveis está feito a pensar nestas habilidades e, raramente, é repetitivo. Cada nível oferece um desafio diferente, com algumas áreas a tentar algo parecido a puzzles.
       O jogo gira muito à volta de colecionar objectos, desde pequenas gems para desbloquear níveis, a objetos mais raros para desbloquear extras no jogo. Aqui foi onde o design dos níveis me surpreendeu mais vezes, porque estes objetos obrigam a uma exploração dos níveis, incluindo zonas que eu nunca pensei que fossem acessíveis. Uma das partes que me fez mais feliz foi que muitas vezes o plano de fundo não era só fundo, mas sim uma área jogável.
       Em relação a Bosses, ou seja, os guardiões, não muito complicados. Aliás, todo o jogo não oferece muito desafio, o que pode tornar o jogo um pouco curto. Mas nenhum dos Bosses se repete, e todos são bastante diferentes uns dos outros. Pena é terem padrões muito fáceis de se reconhecer.
      Foi  também  adicionada uma área que se serve de transição dos níveis, ala Mario 64, que não oferece muita exploração, mas adiciona um pouco mais ao ambiente do jogo.
       A única coisa que realmente traz o gameplay para baixo é a parte do controlo do Mickey em si. Não só é muito fácil ao início perder o controlo da personagem visto que é muito sensível mas também, nas partes em 3D, consegue-se notar que o controlo não foi feito a pensar nelas.


Um visual renovado
      Sendo um remake claramente houve uma atualização do aspecto do jogo. Ora, todo o jogo foi refeito em 3D. É sem dúvida visualmente bonito, não quebra barreiras no aspecto gráfico mas, sinceramente, não precisa. Adoro especialmente as animações, estão incrivelmente fofas. As cutscenes e os menus estão num estilo de desenho em 2D, o que encaixa bem com a história e com os gráficos do jogo, ao ponto que às vezes parecem melhor que o próprio jogo.
         A banda sonora foi totalmente refeita e está, sem dúvida, fenomenal, chegando ao ponto em que é melhor que a do jogo original. Mesmo assim, o jogo oferece a opção de se jogar com a banda sonora original, o que é sempre bem-vindo.
     Em termos de como o jogo se apresenta, só tenho uma queixa: quando o Mickey avança muito depressa ou está a cair, a câmera parece ter problemas a acompanha-lo. Isto faz com que parece que o Mickey avance aos cortes, o que estraga um pouco a experiência.


Tudo está bem, quando acaba bem
        No final do dia, Castle of Illusion não quebra barreiras, mas oferece uma experiência sólida como um platformer. Uma história simples e com charme, um gameplay sólido que mesmo assim podia ter sido um pouco mais refinado, e um aspeto suficientemente bom.
      Castle of Illusion não só é um bom platformer, mas como também é um exemplo de um bom remake. Aconselho a todos os amantes do género, mesmo aos que nunca jogaram o jogo original.
          Ah mais uma coisa, Feliz 85º aniversário Mickey! Melhor tarde que nunca.

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